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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes
           Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
                   Área: Interfaces Sociais da Comunicação
                            Linha: Educomunicação
      Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias
                      Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares




                                       Cruzando Jornalismo e Letras


                                                                Autoras
                                                                Débora Menezes
                                                                Maria Salete Prado Soares

Sumário


1. Introdução.............................................................................................2
2. Telenovela, um tema abundante para pesquisas.........................................5
3. A relação com a Educomunicação.............................................................8
4. Para finalizar.........................................................................................8
5. Referências bibliográficas........................................................................9
6. Artigos publicados em periódicos (Completo)..............................................9
7. Livros publicados/organizados ou edições...................................................9
8. Livros e artigos da autora.....................................................................10
9. Dissertações e Teses defendidas na ECA-USP............................................10




       Dados gerais sobre a pesquisadora


                 Graduação em Letras, Língua Portuguesa e Literatura, e bacharel em
                 Lingüística pela Universidade de São Paulo. Pela mesma instituição,
                 mestrado em Linguística, doutorado em Ciências da Comunicação e
                 livre-docência.



Projetos de pesquisa:
                -    2001 até o momento: Telenovela e preconceito1



1
  “Na linha de ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela. Nos determos no estudo das
relações que a telenovela mantém com o cotidiano social através da categoria preconceito. Essa opção
tem como objetivo um trabalho para publicação pela Editora Senac, em sua coleção Ponto Futuro” (in:
currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748, acesso em19/09/2006)

                                                                                                              1
-   1995-1998: Ficção e realidade: a telenovela no Brasil; o Brasil na
                   telenovela2
               -   1995-1998: Ficção e realidade: a construção do cotidiano na
                   telenovela3


      Produção acadêmica:
               -   18 artigos em periódicos especializados
               -   Oito capítulos de livros e seis livros publicados
               -   48 trabalhos em anais de eventos.


          Orientações:
               -   Sete dissertações de mestrado

               -   Cinco teses de doutorado
               -   Cinco trabalhos de iniciação científica
               -   Três trabalhos de conclusão de curso
               - 27 monografias de conclusão de curso de especialização.


    1) Introdução


      Quem vê a pequenina Maria de Lourdes Motter passando rapidamente pelos
corredores da ECA para chegar a sua sala não imagina a vida agitada que marca a
trajetória dessa mulher “noveleira” por opção acadêmica. Lurdinha, como é
chamada carinhosamente por alunos e professores, ajudou a criar, em 1992, o
Núcleo de Pesquisa em Telenovelas da ECA – o primeiro grupo acadêmico do
mundo a pesquisar e documentar a produção de telenovela, legitimando esse
produto da mídia como objeto de pesquisa científica. Hoje, na ECA, Maria de
Lourdes ministra disciplinas sobre roteiro ficcional, na graduação, e sobre inter-
relações de ficção-realidade e seus vínculos com cotidiano, história e memória, na
pós-graduação. Ela também coordena, já em segundo mandato, o Núcleo de




2
  “Teorias e Metodologias em Comunicação. A formação da equipe, composta por 10 professores
doutores da ECA e de outras unidades da USP, iniciou-se com a apresentação individual dos projetos que
compuseram o Projeto Integrado. A dinâmica utilizada para composição do grupo foi a identificação de
projetos comuns, unificação das linguagens, discussão de temas e textos, cabendo a cada membro a
responsabilidade de pesquisar um tema determinado e apresentá-lo à discussão sob a forma de
seminário” (in: currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748, acesso em19/09/2006)
3
  “Partindo do conceito sociológico de cotidiano de autores como Henri Lefebvre e Agnes Heller, a
pesquisa pretendeu levantar o modo de construção ficcional do cotidiano das personagens na telenovela,
bem como o modo de interação dialógica que ele mantém com o cotidiano vivido, buscando estabelecer
as vinculações entre ficção e realidade” (in: currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748,
acesso em19/09/2006)
                                                                                                      2
Pesquisa      Ficção   Seriada4     da    Intercom      (Sociedade       Brasileira    de    Estudos
Interdisciplinares da Comunicação).


      Natural do interior de São Paulo, nasceu em Franca e passou a infância e a
adolescência em Ribeirão Preto. Por uma dessas coincidências da vida, estudou na
escola estadual Otoniel Mota, em Ribeirão, em uma turma que tinha ainda Maria
Aparecida Baccega, sua colega de ECA, Rosa Esther Rossini, professora de
geografia, também da USP e Hakira Osakabe, da UNICAMP.


      Vivência multidisciplinar marca a carreira de Maria de Lourdes Motter,
professora do Departamento de Comunicações e Artes. Formada no magistério,
teve curta (e curiosa) carreira como garota-propaganda na extinta TV Tupi. Quase
virou advogada, mas formou-se em Letras, fez mestrado em Lingüística e
Semiótica, enquanto, paralelamente, trabalhou na Coordenadoria de Comunicação
Social do extinto INPS. Fez o doutorado em Ciências da Comunicação e daí em
diante transferiu-se, de vez, para a carreira acadêmica na ECA-USP, onde realizou
sua livre-docência e leciona desde 1989.


      “É interessante notar que várias vezes minha história se cruza com a
televisão”, diz ela referindo-se ao trabalho de garota-propaganda na TV Tupi.
“Infelizmente, dessa época não há memória. O programa era ao vivo e produzido
com equipamentos rudimentares se comparados aos de hoje, e não houve nenhum
registro em gravação”.


      Antes de se dedicar ao estudo (retirar midiático) da ficção televisiva,
especialmente as telenovelas, Lourdinha dividiu-se entre o dia-a-dia profissional, no
antigo órgão de previdência do governo. Como chefe de imprensa do INPS, Motter
fez muitos trabalhos jornalísticos para divulgar o órgão, o que a levou à dissertação
de mestrado O press-release e o discurso jornalístico: aspectos de uma abordagem
lingüística e semiótica (1987). Através dessa primeira pesquisa, a professora
investigou o papel do press-release e o que levava a imprensa a publicar
informações obtidas através deste material. Para esse estudo, utilizou notícias
expedidas (e publicadas) por órgãos oficiais públicos, empresas privadas e
sindicatos.


4
  “O Núcleo de Pesquisa Ficção Seriada propõe-se a reunir os pesquisadores interessados em discutir, a
partir de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas do Campo da Comunicação, os diversos
aspectos que envolvem a produção, circulação e consumo da ficção seriada, entendida como:
telenovelas, séries, seriados, minisséries e demais produções teledramatúrgicas, similares ou
aparentadas, com conteúdo predominantemente ficcional. Este Núcleo tem por objetivo dar continuidade
ao intercâmbio e debate entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, ampliando, socializando e
difundindo o conhecimento sobre as produções ficcionais televisivas que constituem parte substancial da
programação das emissoras de TV” (in: www.intercom.org.br, acesso em 19/09/2006)
                                                                                                     3
“O que me motivou foi o fato de não entender, na época, o porquê de
      mandar uma notícia do INPS para a imprensa, em forma de release, e
      ninguém publicar; mandava outra e saía em tudo quanto é jornal. Acabei
      descobrindo um problema de base, que era o discurso jornalístico. Quando o
      release era enviado à imprensa como uma notícia, com discurso jornalístico,
      publicavam. Quando era um discurso de relações públicas, de divulgação de
      imagem, não saía. Havia outras variáveis, que foram sendo descobertas aos
      poucos. Mas, concluí que o grande papel do press-release, de acordo com a
      pesquisa, é desencadear pautas              e não ser reproduzido pela              mídia”
                             5
      (informação verbal)


      A imprensa ainda foi foco da tese de doutorado Ficção e História: imprensa e
construção da realidade          (1992). Desta vez, a pesquisadora investigou a relação
entre os relatos da imprensa, em episódios da história (as mortes de Mariguella e
Lamarca, a tomada da Maria Antonia e a Greve de Osasco), e como esses relatos
interferiram na visão dos leitores sobre os acontecimentos. “Conclui que, da forma
como eles (a imprensa) foram construídos pela imprensa ganharam contorno de
ficção ”, lembra Motter.


      Lurdinha saiu do serviço público no final da década de 1980, após uma
experiência de gestão da comunicação no INPS. De releases a produção de
discursos, organização de eventos e gerenciamento de uma central de atendimento
telefônico, com mais de duzentos funcionários subordinados, a pesquisadora passou
por várias experiências que, mais tarde, foram (e ainda são) importantes para a
sua participação no curso de pós-graduação latu-sensu em Gestão de Processos
Comunicacionais, que ajudou a criar (19??) e coordena o Núcleo Campo da
Comunicação: cotidiano e linguagem.


      Voltado para profissionais de várias áreas, que desejam atuar no campo da
comunicação, esse curso tem o desafio de integrar o conhecimento acadêmico da
área ao universo empresarial, dando “estofo” para que o profissional conheça,
reflita   teoricamente     sobre     a   Comunicação      em    sentido    amplo     e   articule
sobre(retirar) as diversas mídias e diferentes linguagens para criar estratégias de
comunicação. Para Motter, o curso é “um intercâmbio” entre dois mundos
diferentes. “Desenvolvemos um pensamento na universidade, mas não podemos
nos isolar. Conviver com os problemas trazidos pelos alunos é uma forma de os



5
 Entrevista concedida em 14 de julho de 2006 a Débora Menezes e Maria Salete Prado Soares no CCA
da ECA/USP.

                                                                                                   4
professores da ECA estarem em sintonia com as tendências de mercado”, explica a
professora, que destaca:


            “A idéia do curso é a de interferir e pensar a comunicação num sentido
      mais amplo, e não no sentido das especialidades. Um curso para intervir no
      sentido das empresas, na sua relação com a comunicação. Queremos passar a
      idéia de que um gestor em comunicação tem de ser alguém capaz de
      entender um pouco de cada área, poder opinar sobre cada coisa, mas ao
      mesmo tempo ter uma idéia abrangente, em função de uma proposta e ou
      política. Porque se o gestor é da área de relações públicas, quer criar imagem;
      se é publicitário, quer divulgar um produto e assim vai. E quem é o gestor de
      comunicação? É um mediador, aquele que vai colocar as instâncias em
      diálogo”. (op.cit)


      Para Motter, esse gestor, de certa forma, atua na relação entre educação e
comunicação:


            “Quando você faz a Comunicação desse modo, como mediação, com
      essa seriedade, com a preocupação com o desenvolvimento e ganho das
      partes, você está educando para a comunicação. A idéia pragmática de usar a
      Comunicação, usá-la com uma finalidade, determinada permite alcançar
      algumas metas. Mas isso empobrece, não ajuda a alcançar os verdadeiros
      objetivos da comunicação, que são o de integrar, promover a troca, a inter-
      relação, o diálogo. Para atender o sentido etimológico de compartilhar, o
      conceito é mais amplo que o uso utilitário da comunicação, da persuasão, da
      imposição”. (op.cit)


1) Telenovela, um tema abundante para pesquisas



      Existe muita ficção na notícia. E aí... como fica a ficção?” Após a conclusão do
doutorado, Lu Motter decidiiu passar “para o outro lado” para entender “quanto de
realidade tem a ficção”. Surgia o tema da livre-docência, Ficção e Realidade: a
construção do cotidiano na telenovela (1999), embrião para a criação de um núcleo
de estudos sobre o tema, na ECA6, e a linha de pesquisa mais importante da
carreira acadêmica de Lurdinha.




6
  Um incêndio em 2001 destruiu as instalações do núcleo e mais de três mil exemplares de teses,
sinopses de novelas, fitas de video e demais documentos. (in:
http://www.usp.br/agenciausp/repgs/2004/pags/007.htm). Núcleo de Pesquisa em Telenovelas
                                                                                             5
Ao investigar e orientar pesquisas sobre as telenovelas, a pesquisadora
passou a defender esse estudo como uma forma de entender a sociedade. Em
artigo na revista Educação e Comunicação de dezembro de 2001 explica que:



          “Investigar o cotidiano na telenovela nos permitiu identificar um modo
      fundamental de relação que ela mantém com a sociedade. Pudemos7, a partir
      dessa categoria, entender melhor como se atenuam e se identificam os
      diálogos que se processam entre ficção e realidade e como a produção de
      sentidos ganha em convergência quando a proximidade temporal reduz o
      distanciamento temático” (MOTTER, 2001)8.


      Em outros artigos acadêmicos, Lurdinha destaca a importância da telenovela
como objeto de estudo midiático e da sociedade, estudos, estes, tão ricos quanto
outras áreas da mídia, como o cinema e até o telejornal. Para ela, a novela reflete
valores e preocupações de cada época, e estudá-la permite conhecer melhor as
transformações da sociedade:


            “Através do seu mundo ficcional, com o recurso da figuratização, ou
      seja, através da dramatização, a telenovela busca reproduzir, naquele micro-
      universo, os problemas do nosso dia-a-dia, para que possamos, por um
      processo analógico, ler e entender um pouco o que nos acontece” (MOTTER,
      2000)9.


      Além da coordenação do núcleo, Motter escreveu diversos artigos acadêmicos
e foi assunto de entrevistas e reportagens em jornais e revistas, sempre
comentando sobre o universo das telenovelas. Sua grande contribuição foi a de
enxergar a novela como um produto cultural, que faz parte da vida das pessoas e
não pode ser ignorado como um componente da cultura nacional. “A realidade é o
celeiro da ficção”, conclui a pesquisadora.


    2) A relação com a Educomunicação


      Na defesa pela reflexão e uso da telenovela na educação, navegando entre os
universos da ficção e realidade, Maria de Lourdes Motter resvala no campo da
Educomunicação.


7
8
  A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In: revista Educação & Comunicação, número 48,
pg. 74-87. Dez 2000/Fev 2001.
9
  Produção de Sentido: o elo entre comunicação e o educar. In: revista Comunicação & Educação,
número 19, pg. 82-90. Set/dez 2000.
                                                                                                    6
Sua ênfase na análise da telenovela, parte da Comunicação, de um produto da
mídia para a discussão em sala de aula. O gênero telenovela             estabelece
ressonância imediata na audiência, de fácil apreensão, apresenta uma história
contextualizada que comove e envolve o público numa relação afetiva. Ficção e
realidade se entrelaçam.


     Feroz defensora da        não compartimentação de saberes, Motter pensa a
Comunicação como centro dos acontecimentos, e sua inter-relaçao com a educação
deve ser realizada de modo dinâmico e flexível, em permanente construção. Para
isso a gestão é fundamental.


     Como professora       do curso de pós-graduação em Gestão       de Processos
Comunicacionais, entende a gestão como


            “análise, diagnóstico, intervenção e avaliação, que pressupõe a
     capacidade de ver, sentir, compreender, e o uso de técnicas que permitam
     avaliar cientificamente situações concretas e propor soluções adequadas para
     eventuais problemas ou mesmo para o simples aperfeiçoamento das relações
     comunicacionais que permeiam o cotidiano do trabalho. Aí pressupostas as da
     esfera interpessoal, internas e de caráter externo à empresa/instituição e as
     mediadas pelas linguagens de caráter técnico e tecnologias que articulam os
     espaços-mundo do local e global” (BACCEGA, 2002: 30)


     Para Motter, é no campo da comunicação “onde a vida cotidiana se tece com e
pela linguagem.” (op.cit., p. 34)


     O campo da Comunicação é atravessado por linguagens, saberes de outros
campos, que são “redefinidos e reconfigurados no espaço da comunicação”, já que
abrange do extremamente individual a aparatos tecnológicos.


     Quando defende a reflexão crítica a respeito das telenovelas, encontra-se na
área da “Educação para os Meios”, ou “para a Comunicação” (Media Education,
Media Literacy), umas das 5 áreas de intervenção da Educomunicação (SOARES,
1999) voltada para “os pólos vivos do processo de comunicação (relação entre os
produtores, o processo produtivo e a recepção das mensagens), assim como no
campo pedagógico, para os programas de formação de sujeitos receptores
autônomos e críticos frente aos meios.” (MOTTER, in Baccega op.cit., p. 117).




                                                                                7
Seu olhar para a telenovela não é no sentido de desqualificar o gênero, ao
contrário, devem-se aproveitar as questões e polêmicas que traz, aproveitando o
viés educativo que ela apresenta.


     Maria de Lourdes Motter tem a convicção de que embora o campo da
Educomunicação ainda não esteja formado teoricamente, ele é, indiscutivelmente,
um campo de prática. Acredita que por meio desse campo é que é possível operar
mudanças na sociedade, influenciando a mídia e formando uma massa crítica.


     Trata-se de realizar, fundamentalmente, uma mediação quando se trata de
comunicação e educação, apoiada numa gestão bem planejada e implementada
com recursos da informação para destravar os nós que bloqueiam o fluxo       entre
comunicação e educação.



   3) Para finalizar




     Comunicação e Educação entrelaçam-se, também, na escola, na visão
educomunicativa de Maria de Loudes Motter: a telenovela está presente na
composição de nossa cultura nacional e por isso o educador não pode ignorá-la em
sala de aula.


          "A comunicação e a educação, freqüentemente constrangidas quando se
     associam, reintegram-se quando inseridas no amplo espaço que lhe é
     próprio: o da linguagem ou da produção de sentidos. (...)


           A comunicação e a educação devem estender e ampliar suas relações
     discursivas para que a escola possa interagir dialogicamente - em situação de
     sala de aula - com as linguagens que envolvem o mundo que, por sua vez,
     envolvem o professor, e principalmente o aluno". (MOTTER, 2000, 54-60)


   4) Referências bibliográficas

BACCEGA, Maria Aparecida (org). Gestão de Processos Comunicacionais. São
Paulo: Atlas, 2002.


MOTTER. Maria de Lourdes. Telenovela e Educação: um processo interativo. In:
Comunicação & Educação, número 17, jan/abr/2000.

________________. Produção de Sentido: o elo entre comunicação e o educar. In:
Comunicação & Educação, número 19, pg. 82-90. set/dez 2000.


                                                                                 8
________________. A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In:
Educação & Comunicação, número 48, pg. 74-87. dez 2000/fev 2001


SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação: a emergência de um novo
campo e o perfil dos profissionais. In: Contato: Revista Brasileira de
Comunicação , Arte e Educação. Brasília: UNB no 2, jan/mar 1999.


   5) Artigos publicados em periódicos (Completo)


1.      MOTTER, Maria Lourdes . Argumento para o estudo da ficção. A Casa das
Sete Mulheres: ficção, realidade e história. Eco Pós Publicação da Pós Graduação
Comunicação e Cultura, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 85-99, 2004.
2.      MOTTER, Maria Lourdes . As telenovelas brasileiras: heróis e vilões. Revista
Latinoamericana de Ciencias de La Comunicación, Buenos Aires, v. 1, n. 1, p.
64-74, 2004.
3.      MOTTER, Maria Lourdes . O que a ficção pode fazer pela realidade?.
Comunicação & Educação (SP), São Paulo: CCA/ECA & Salesiana, v. 26, n. jan-abr,
p. 75-79, 2003.
4.      MOTTER, Maria Lourdes . A telenovela: documento histórico e lugar de
memória. Revista da USP, São Paulo, v. 48, n. dez-fev, p. 74-87, 2001.
5.      MOTTER, Maria Lourdes . O Fim do Mundo: ordem e ruptura: Dias Gomes,
um autor em busca de um mundo ético. Ética e Comunicação Fiam, São Paulo, v. 1,
n. 1, p. 51-66, 2000.
6.       MOTTER, Maria Lourdes. Telenovela: do analfabetismo visual à
alfabetização pela palavra. Revista USP, São Paulo, nº 66, jun/agosto, p. 198-208,
2005.
7.      MOTTER, Maria Lourdes. Educação, telenovela e crítica. Comunicação &
Educação, São Paulo, CCA-ECA-USP-Paulinas, nº 2, mai/ago p. 159-165, 2006

   6) Livros publicados/organizados ou edições

1.     MOTTER, Maria Lourdes . Ficção e Realidade: a construção do cotidiano na
telenovela. 1. ed. São Paulo: Alexa Cultural, 2003, 180 p.
2.     LOPES, Maria Immacolata Vassalo de (Org.) ; MOTTER, Maria Lourdes (Org.)
. Diversidade interdisciplinaridade: teses e dissertações Ciências da Comunicação
ECA-USP: 1972-2002. São Paulo: ECA/USP - Nupem, 2003. v. 1. 541 p.
3.     MOTTER, Maria Lourdes . Ficção e história: imprensa e construção da
realidade. 1. ed. São Paulo: Arte e Ciência Villipress, 2001, 175 p.

   7) Capítulos de livros publicados

1.     MOTTER, Maria Lourdes . Mecanismo de renovação do gênero telenovela:
empréstimos e doações. In: Maria Immacolata Vassalo de Lopes. (Org.).
Internacionalização da Telenovela. São Paulo, 2004, v. 1, p. 251-292.
2.     MOTTER, Maria Lourdes . Telenovela e metrópole (no prelo). In: *. (Org.).
Linguagem comunicacionais na metrópole: tecnologia, som e imagem. * ed. *,
2004, v. *, p. *-*.
3.     MOTTER, Maria Lourdes . Economia solidária: cooperativismo e organizações
não-governamentais. In: Roseli Aparecida Figaro Paulino. (Org.). Gestão da
comunicação: no mundo do trabalho, educação, terceiro setor e cooperativismo. 1
ed. São Paulo, 2004, v. 1, p. 137-141.
4.     MOTTER, Maria Lourdes . Campo da comunicação: cotidiano e linguagem.
In: Maria Aparecida Baccega. (Org.). Gestão de Processos Comunicacionais. 1 ed.
São Paulo, 2002, v. 1, p. 29-47.


                                                                                  9
8) Livros e artigos da autora


     Campo da comunicação: cotidiano e linguagem. In: Maria Aparecida Baccega.
(Org.). Gestão de Processos Comunicacionais. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2002, v. 1, p.
29-47.


     Ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela. In: Elza
Ajzemberg. (Org.). Arte e Ciência Descoberta/ Descobrimentos: terra brasilis. São
Paulol: ECA-USP, 1999, v. 1, p. 308-308.


     Telenovela e educação: um processo interativo. Comunicação & Educação
(SP), São Paulo, v. 17, n. jan-abr, p. 54-60, 2000.


    Produção de sentido: elo entre comunicação e educação. Comunicação &
Educação (SP), São Paulo, v. 19, n. set-dez, p. 82-90, 2000.


     Telenovela, cotidiano, educação e crítica. Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação Intercom Usp, São Paulo, 1999.


      Telenovela: arte do cotidiano. Comunicação & Educação (SP), São Paulo, v.
IV, n. 13, p. 89-102, 1998.


    A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In: revista Educação &
Comunicação, número 48, pg. 74-87. Dez 2000/Fev 2001


                1) Dissertações e Teses defendidas na ECA-USP



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      11
Localização:

t301.160981
M838m

          Autor:

MOREIRA,
Dirce Antonia
Berto

          Título:

Os meios de
comunicação
nos recursos
didáticos
utilizados para
o ensino de
língua
estrangeira
moderna

           Ano:

2001

        Páginas:

361 p +
anexos

   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

04/05/2001

          Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

       Assuntos:

Educomunicaç
ão; Línguas -
Estudo e
ensino

                    12
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      13
Localização:

t410 V649d

           Autor:

VIDAL, Marly
Camargo de
Barros

           Título:

A dialogia
escritural em
Marina
Colasanti

            Ano:

2001

         Páginas:

213 p

   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

23/04/2001

          Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

        Assuntos:

Análise do
discurso;
Linguagem;
Literatura -
Brasil - Século
vinte




                     14
re
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de
8




      15
Localização:

t301.160982
N935c

           Autor:

NOVAES,
Adriana
Carvalho

           Título:

Cosmopolitism
o e indústria
cultural : a
revista Sur e a
consolidação
da cultura de
massa na
sociedade
argentina :
1956-1961

             Ano:

2002

        Páginas:

178 p +
anexos

   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

09/05/2002

           Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

       Assuntos:

Cultura de
massa -
Argentina;
Revistas -
                     16
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de
8




      17
Localização:

t791.4560981
G338e

         Autor:

GENTILLI,
Irene Rosa

         Título:

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não-verbal do
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           Ano:

2002

       Páginas:

165 p. +
anexos + 1 fita
de vídeo

   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

26/04/2002

         Notas:

Acompanham
fitas de vídeo
que se
encontram na
Seção de
Multimeios -
Vc1546 ;
Vc1547. O
exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes
                   18
re
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de
8




      19
Localização:

t659.10981
M357m

          Autor:

MARQUES,
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estudo da
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            Ano:

2003

        Páginas:

255 p +
anexos

   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

10/04/2003

          Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

       Assuntos:

Campanhas
publicitárias -
Brasil;
                    20
re
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8




      21
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Daniela

          Título:

Telenovela e
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cotidiana :
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            Ano:

2004

        Páginas:

203 p +
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   Dissertação:

(Mestrado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

15/04/2004

          Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
de Lourdes

       Assuntos:

Telenovelas -
Aspectos
sociais - Brasil




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8




      23
Localização:

t791.440973
P625r

           Autor:

PIETRAROIA,
Fábio Lacerda
Soares

           Título:

Rádio, ficção e
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repensando "A
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            Ano:

2004

         Páginas:

245 p

           Tese:

(Doutorado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

02/04/2004

          Notas:

O exemplar 1
não pode se
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

        Assuntos:

Rádio -
Estados
Unidos -
Programas;
Rádio -
Aspectos
sociais -
Estados
Unidos;
                     24
re
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de
8




      25
Localização:

t791.4560981
M242p

           Autor:

MALCHER,
Maria Ataide

           Título:

O
protagonismo
na
dramaturgia
na TV
brasileira

            Ano:

2005

        Páginas:

221 p. +
anexos

           Tese:

(Doutorado) -
ECA/USP -
CCA

Data de defesa:

23/09/2005

           Notas:

O exemplar 1
não pode ser
emprestado

  Orientador(a):

MOTTER, Maria
Lourdes

       Assuntos:

Telenovela -
Brasil;
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Brasil;
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sociais

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Cruzando Jornalismo e Letras na Pesquisa da Telenovela

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Área: Interfaces Sociais da Comunicação Linha: Educomunicação Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares Cruzando Jornalismo e Letras Autoras Débora Menezes Maria Salete Prado Soares Sumário 1. Introdução.............................................................................................2 2. Telenovela, um tema abundante para pesquisas.........................................5 3. A relação com a Educomunicação.............................................................8 4. Para finalizar.........................................................................................8 5. Referências bibliográficas........................................................................9 6. Artigos publicados em periódicos (Completo)..............................................9 7. Livros publicados/organizados ou edições...................................................9 8. Livros e artigos da autora.....................................................................10 9. Dissertações e Teses defendidas na ECA-USP............................................10 Dados gerais sobre a pesquisadora Graduação em Letras, Língua Portuguesa e Literatura, e bacharel em Lingüística pela Universidade de São Paulo. Pela mesma instituição, mestrado em Linguística, doutorado em Ciências da Comunicação e livre-docência. Projetos de pesquisa: - 2001 até o momento: Telenovela e preconceito1 1 “Na linha de ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela. Nos determos no estudo das relações que a telenovela mantém com o cotidiano social através da categoria preconceito. Essa opção tem como objetivo um trabalho para publicação pela Editora Senac, em sua coleção Ponto Futuro” (in: currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748, acesso em19/09/2006) 1
  • 2. - 1995-1998: Ficção e realidade: a telenovela no Brasil; o Brasil na telenovela2 - 1995-1998: Ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela3 Produção acadêmica: - 18 artigos em periódicos especializados - Oito capítulos de livros e seis livros publicados - 48 trabalhos em anais de eventos. Orientações: - Sete dissertações de mestrado - Cinco teses de doutorado - Cinco trabalhos de iniciação científica - Três trabalhos de conclusão de curso - 27 monografias de conclusão de curso de especialização. 1) Introdução Quem vê a pequenina Maria de Lourdes Motter passando rapidamente pelos corredores da ECA para chegar a sua sala não imagina a vida agitada que marca a trajetória dessa mulher “noveleira” por opção acadêmica. Lurdinha, como é chamada carinhosamente por alunos e professores, ajudou a criar, em 1992, o Núcleo de Pesquisa em Telenovelas da ECA – o primeiro grupo acadêmico do mundo a pesquisar e documentar a produção de telenovela, legitimando esse produto da mídia como objeto de pesquisa científica. Hoje, na ECA, Maria de Lourdes ministra disciplinas sobre roteiro ficcional, na graduação, e sobre inter- relações de ficção-realidade e seus vínculos com cotidiano, história e memória, na pós-graduação. Ela também coordena, já em segundo mandato, o Núcleo de 2 “Teorias e Metodologias em Comunicação. A formação da equipe, composta por 10 professores doutores da ECA e de outras unidades da USP, iniciou-se com a apresentação individual dos projetos que compuseram o Projeto Integrado. A dinâmica utilizada para composição do grupo foi a identificação de projetos comuns, unificação das linguagens, discussão de temas e textos, cabendo a cada membro a responsabilidade de pesquisar um tema determinado e apresentá-lo à discussão sob a forma de seminário” (in: currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748, acesso em19/09/2006) 3 “Partindo do conceito sociológico de cotidiano de autores como Henri Lefebvre e Agnes Heller, a pesquisa pretendeu levantar o modo de construção ficcional do cotidiano das personagens na telenovela, bem como o modo de interação dialógica que ele mantém com o cotidiano vivido, buscando estabelecer as vinculações entre ficção e realidade” (in: currículo Lattes - http://lattes.cnpq.br/9814027447245748, acesso em19/09/2006) 2
  • 3. Pesquisa Ficção Seriada4 da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação). Natural do interior de São Paulo, nasceu em Franca e passou a infância e a adolescência em Ribeirão Preto. Por uma dessas coincidências da vida, estudou na escola estadual Otoniel Mota, em Ribeirão, em uma turma que tinha ainda Maria Aparecida Baccega, sua colega de ECA, Rosa Esther Rossini, professora de geografia, também da USP e Hakira Osakabe, da UNICAMP. Vivência multidisciplinar marca a carreira de Maria de Lourdes Motter, professora do Departamento de Comunicações e Artes. Formada no magistério, teve curta (e curiosa) carreira como garota-propaganda na extinta TV Tupi. Quase virou advogada, mas formou-se em Letras, fez mestrado em Lingüística e Semiótica, enquanto, paralelamente, trabalhou na Coordenadoria de Comunicação Social do extinto INPS. Fez o doutorado em Ciências da Comunicação e daí em diante transferiu-se, de vez, para a carreira acadêmica na ECA-USP, onde realizou sua livre-docência e leciona desde 1989. “É interessante notar que várias vezes minha história se cruza com a televisão”, diz ela referindo-se ao trabalho de garota-propaganda na TV Tupi. “Infelizmente, dessa época não há memória. O programa era ao vivo e produzido com equipamentos rudimentares se comparados aos de hoje, e não houve nenhum registro em gravação”. Antes de se dedicar ao estudo (retirar midiático) da ficção televisiva, especialmente as telenovelas, Lourdinha dividiu-se entre o dia-a-dia profissional, no antigo órgão de previdência do governo. Como chefe de imprensa do INPS, Motter fez muitos trabalhos jornalísticos para divulgar o órgão, o que a levou à dissertação de mestrado O press-release e o discurso jornalístico: aspectos de uma abordagem lingüística e semiótica (1987). Através dessa primeira pesquisa, a professora investigou o papel do press-release e o que levava a imprensa a publicar informações obtidas através deste material. Para esse estudo, utilizou notícias expedidas (e publicadas) por órgãos oficiais públicos, empresas privadas e sindicatos. 4 “O Núcleo de Pesquisa Ficção Seriada propõe-se a reunir os pesquisadores interessados em discutir, a partir de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas do Campo da Comunicação, os diversos aspectos que envolvem a produção, circulação e consumo da ficção seriada, entendida como: telenovelas, séries, seriados, minisséries e demais produções teledramatúrgicas, similares ou aparentadas, com conteúdo predominantemente ficcional. Este Núcleo tem por objetivo dar continuidade ao intercâmbio e debate entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, ampliando, socializando e difundindo o conhecimento sobre as produções ficcionais televisivas que constituem parte substancial da programação das emissoras de TV” (in: www.intercom.org.br, acesso em 19/09/2006) 3
  • 4. “O que me motivou foi o fato de não entender, na época, o porquê de mandar uma notícia do INPS para a imprensa, em forma de release, e ninguém publicar; mandava outra e saía em tudo quanto é jornal. Acabei descobrindo um problema de base, que era o discurso jornalístico. Quando o release era enviado à imprensa como uma notícia, com discurso jornalístico, publicavam. Quando era um discurso de relações públicas, de divulgação de imagem, não saía. Havia outras variáveis, que foram sendo descobertas aos poucos. Mas, concluí que o grande papel do press-release, de acordo com a pesquisa, é desencadear pautas e não ser reproduzido pela mídia” 5 (informação verbal) A imprensa ainda foi foco da tese de doutorado Ficção e História: imprensa e construção da realidade (1992). Desta vez, a pesquisadora investigou a relação entre os relatos da imprensa, em episódios da história (as mortes de Mariguella e Lamarca, a tomada da Maria Antonia e a Greve de Osasco), e como esses relatos interferiram na visão dos leitores sobre os acontecimentos. “Conclui que, da forma como eles (a imprensa) foram construídos pela imprensa ganharam contorno de ficção ”, lembra Motter. Lurdinha saiu do serviço público no final da década de 1980, após uma experiência de gestão da comunicação no INPS. De releases a produção de discursos, organização de eventos e gerenciamento de uma central de atendimento telefônico, com mais de duzentos funcionários subordinados, a pesquisadora passou por várias experiências que, mais tarde, foram (e ainda são) importantes para a sua participação no curso de pós-graduação latu-sensu em Gestão de Processos Comunicacionais, que ajudou a criar (19??) e coordena o Núcleo Campo da Comunicação: cotidiano e linguagem. Voltado para profissionais de várias áreas, que desejam atuar no campo da comunicação, esse curso tem o desafio de integrar o conhecimento acadêmico da área ao universo empresarial, dando “estofo” para que o profissional conheça, reflita teoricamente sobre a Comunicação em sentido amplo e articule sobre(retirar) as diversas mídias e diferentes linguagens para criar estratégias de comunicação. Para Motter, o curso é “um intercâmbio” entre dois mundos diferentes. “Desenvolvemos um pensamento na universidade, mas não podemos nos isolar. Conviver com os problemas trazidos pelos alunos é uma forma de os 5 Entrevista concedida em 14 de julho de 2006 a Débora Menezes e Maria Salete Prado Soares no CCA da ECA/USP. 4
  • 5. professores da ECA estarem em sintonia com as tendências de mercado”, explica a professora, que destaca: “A idéia do curso é a de interferir e pensar a comunicação num sentido mais amplo, e não no sentido das especialidades. Um curso para intervir no sentido das empresas, na sua relação com a comunicação. Queremos passar a idéia de que um gestor em comunicação tem de ser alguém capaz de entender um pouco de cada área, poder opinar sobre cada coisa, mas ao mesmo tempo ter uma idéia abrangente, em função de uma proposta e ou política. Porque se o gestor é da área de relações públicas, quer criar imagem; se é publicitário, quer divulgar um produto e assim vai. E quem é o gestor de comunicação? É um mediador, aquele que vai colocar as instâncias em diálogo”. (op.cit) Para Motter, esse gestor, de certa forma, atua na relação entre educação e comunicação: “Quando você faz a Comunicação desse modo, como mediação, com essa seriedade, com a preocupação com o desenvolvimento e ganho das partes, você está educando para a comunicação. A idéia pragmática de usar a Comunicação, usá-la com uma finalidade, determinada permite alcançar algumas metas. Mas isso empobrece, não ajuda a alcançar os verdadeiros objetivos da comunicação, que são o de integrar, promover a troca, a inter- relação, o diálogo. Para atender o sentido etimológico de compartilhar, o conceito é mais amplo que o uso utilitário da comunicação, da persuasão, da imposição”. (op.cit) 1) Telenovela, um tema abundante para pesquisas Existe muita ficção na notícia. E aí... como fica a ficção?” Após a conclusão do doutorado, Lu Motter decidiiu passar “para o outro lado” para entender “quanto de realidade tem a ficção”. Surgia o tema da livre-docência, Ficção e Realidade: a construção do cotidiano na telenovela (1999), embrião para a criação de um núcleo de estudos sobre o tema, na ECA6, e a linha de pesquisa mais importante da carreira acadêmica de Lurdinha. 6 Um incêndio em 2001 destruiu as instalações do núcleo e mais de três mil exemplares de teses, sinopses de novelas, fitas de video e demais documentos. (in: http://www.usp.br/agenciausp/repgs/2004/pags/007.htm). Núcleo de Pesquisa em Telenovelas 5
  • 6. Ao investigar e orientar pesquisas sobre as telenovelas, a pesquisadora passou a defender esse estudo como uma forma de entender a sociedade. Em artigo na revista Educação e Comunicação de dezembro de 2001 explica que: “Investigar o cotidiano na telenovela nos permitiu identificar um modo fundamental de relação que ela mantém com a sociedade. Pudemos7, a partir dessa categoria, entender melhor como se atenuam e se identificam os diálogos que se processam entre ficção e realidade e como a produção de sentidos ganha em convergência quando a proximidade temporal reduz o distanciamento temático” (MOTTER, 2001)8. Em outros artigos acadêmicos, Lurdinha destaca a importância da telenovela como objeto de estudo midiático e da sociedade, estudos, estes, tão ricos quanto outras áreas da mídia, como o cinema e até o telejornal. Para ela, a novela reflete valores e preocupações de cada época, e estudá-la permite conhecer melhor as transformações da sociedade: “Através do seu mundo ficcional, com o recurso da figuratização, ou seja, através da dramatização, a telenovela busca reproduzir, naquele micro- universo, os problemas do nosso dia-a-dia, para que possamos, por um processo analógico, ler e entender um pouco o que nos acontece” (MOTTER, 2000)9. Além da coordenação do núcleo, Motter escreveu diversos artigos acadêmicos e foi assunto de entrevistas e reportagens em jornais e revistas, sempre comentando sobre o universo das telenovelas. Sua grande contribuição foi a de enxergar a novela como um produto cultural, que faz parte da vida das pessoas e não pode ser ignorado como um componente da cultura nacional. “A realidade é o celeiro da ficção”, conclui a pesquisadora. 2) A relação com a Educomunicação Na defesa pela reflexão e uso da telenovela na educação, navegando entre os universos da ficção e realidade, Maria de Lourdes Motter resvala no campo da Educomunicação. 7 8 A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In: revista Educação & Comunicação, número 48, pg. 74-87. Dez 2000/Fev 2001. 9 Produção de Sentido: o elo entre comunicação e o educar. In: revista Comunicação & Educação, número 19, pg. 82-90. Set/dez 2000. 6
  • 7. Sua ênfase na análise da telenovela, parte da Comunicação, de um produto da mídia para a discussão em sala de aula. O gênero telenovela estabelece ressonância imediata na audiência, de fácil apreensão, apresenta uma história contextualizada que comove e envolve o público numa relação afetiva. Ficção e realidade se entrelaçam. Feroz defensora da não compartimentação de saberes, Motter pensa a Comunicação como centro dos acontecimentos, e sua inter-relaçao com a educação deve ser realizada de modo dinâmico e flexível, em permanente construção. Para isso a gestão é fundamental. Como professora do curso de pós-graduação em Gestão de Processos Comunicacionais, entende a gestão como “análise, diagnóstico, intervenção e avaliação, que pressupõe a capacidade de ver, sentir, compreender, e o uso de técnicas que permitam avaliar cientificamente situações concretas e propor soluções adequadas para eventuais problemas ou mesmo para o simples aperfeiçoamento das relações comunicacionais que permeiam o cotidiano do trabalho. Aí pressupostas as da esfera interpessoal, internas e de caráter externo à empresa/instituição e as mediadas pelas linguagens de caráter técnico e tecnologias que articulam os espaços-mundo do local e global” (BACCEGA, 2002: 30) Para Motter, é no campo da comunicação “onde a vida cotidiana se tece com e pela linguagem.” (op.cit., p. 34) O campo da Comunicação é atravessado por linguagens, saberes de outros campos, que são “redefinidos e reconfigurados no espaço da comunicação”, já que abrange do extremamente individual a aparatos tecnológicos. Quando defende a reflexão crítica a respeito das telenovelas, encontra-se na área da “Educação para os Meios”, ou “para a Comunicação” (Media Education, Media Literacy), umas das 5 áreas de intervenção da Educomunicação (SOARES, 1999) voltada para “os pólos vivos do processo de comunicação (relação entre os produtores, o processo produtivo e a recepção das mensagens), assim como no campo pedagógico, para os programas de formação de sujeitos receptores autônomos e críticos frente aos meios.” (MOTTER, in Baccega op.cit., p. 117). 7
  • 8. Seu olhar para a telenovela não é no sentido de desqualificar o gênero, ao contrário, devem-se aproveitar as questões e polêmicas que traz, aproveitando o viés educativo que ela apresenta. Maria de Lourdes Motter tem a convicção de que embora o campo da Educomunicação ainda não esteja formado teoricamente, ele é, indiscutivelmente, um campo de prática. Acredita que por meio desse campo é que é possível operar mudanças na sociedade, influenciando a mídia e formando uma massa crítica. Trata-se de realizar, fundamentalmente, uma mediação quando se trata de comunicação e educação, apoiada numa gestão bem planejada e implementada com recursos da informação para destravar os nós que bloqueiam o fluxo entre comunicação e educação. 3) Para finalizar Comunicação e Educação entrelaçam-se, também, na escola, na visão educomunicativa de Maria de Loudes Motter: a telenovela está presente na composição de nossa cultura nacional e por isso o educador não pode ignorá-la em sala de aula. "A comunicação e a educação, freqüentemente constrangidas quando se associam, reintegram-se quando inseridas no amplo espaço que lhe é próprio: o da linguagem ou da produção de sentidos. (...) A comunicação e a educação devem estender e ampliar suas relações discursivas para que a escola possa interagir dialogicamente - em situação de sala de aula - com as linguagens que envolvem o mundo que, por sua vez, envolvem o professor, e principalmente o aluno". (MOTTER, 2000, 54-60) 4) Referências bibliográficas BACCEGA, Maria Aparecida (org). Gestão de Processos Comunicacionais. São Paulo: Atlas, 2002. MOTTER. Maria de Lourdes. Telenovela e Educação: um processo interativo. In: Comunicação & Educação, número 17, jan/abr/2000. ________________. Produção de Sentido: o elo entre comunicação e o educar. In: Comunicação & Educação, número 19, pg. 82-90. set/dez 2000. 8
  • 9. ________________. A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In: Educação & Comunicação, número 48, pg. 74-87. dez 2000/fev 2001 SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação: a emergência de um novo campo e o perfil dos profissionais. In: Contato: Revista Brasileira de Comunicação , Arte e Educação. Brasília: UNB no 2, jan/mar 1999. 5) Artigos publicados em periódicos (Completo) 1. MOTTER, Maria Lourdes . Argumento para o estudo da ficção. A Casa das Sete Mulheres: ficção, realidade e história. Eco Pós Publicação da Pós Graduação Comunicação e Cultura, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 85-99, 2004. 2. MOTTER, Maria Lourdes . As telenovelas brasileiras: heróis e vilões. Revista Latinoamericana de Ciencias de La Comunicación, Buenos Aires, v. 1, n. 1, p. 64-74, 2004. 3. MOTTER, Maria Lourdes . O que a ficção pode fazer pela realidade?. Comunicação & Educação (SP), São Paulo: CCA/ECA & Salesiana, v. 26, n. jan-abr, p. 75-79, 2003. 4. MOTTER, Maria Lourdes . A telenovela: documento histórico e lugar de memória. Revista da USP, São Paulo, v. 48, n. dez-fev, p. 74-87, 2001. 5. MOTTER, Maria Lourdes . O Fim do Mundo: ordem e ruptura: Dias Gomes, um autor em busca de um mundo ético. Ética e Comunicação Fiam, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 51-66, 2000. 6. MOTTER, Maria Lourdes. Telenovela: do analfabetismo visual à alfabetização pela palavra. Revista USP, São Paulo, nº 66, jun/agosto, p. 198-208, 2005. 7. MOTTER, Maria Lourdes. Educação, telenovela e crítica. Comunicação & Educação, São Paulo, CCA-ECA-USP-Paulinas, nº 2, mai/ago p. 159-165, 2006 6) Livros publicados/organizados ou edições 1. MOTTER, Maria Lourdes . Ficção e Realidade: a construção do cotidiano na telenovela. 1. ed. São Paulo: Alexa Cultural, 2003, 180 p. 2. LOPES, Maria Immacolata Vassalo de (Org.) ; MOTTER, Maria Lourdes (Org.) . Diversidade interdisciplinaridade: teses e dissertações Ciências da Comunicação ECA-USP: 1972-2002. São Paulo: ECA/USP - Nupem, 2003. v. 1. 541 p. 3. MOTTER, Maria Lourdes . Ficção e história: imprensa e construção da realidade. 1. ed. São Paulo: Arte e Ciência Villipress, 2001, 175 p. 7) Capítulos de livros publicados 1. MOTTER, Maria Lourdes . Mecanismo de renovação do gênero telenovela: empréstimos e doações. In: Maria Immacolata Vassalo de Lopes. (Org.). Internacionalização da Telenovela. São Paulo, 2004, v. 1, p. 251-292. 2. MOTTER, Maria Lourdes . Telenovela e metrópole (no prelo). In: *. (Org.). Linguagem comunicacionais na metrópole: tecnologia, som e imagem. * ed. *, 2004, v. *, p. *-*. 3. MOTTER, Maria Lourdes . Economia solidária: cooperativismo e organizações não-governamentais. In: Roseli Aparecida Figaro Paulino. (Org.). Gestão da comunicação: no mundo do trabalho, educação, terceiro setor e cooperativismo. 1 ed. São Paulo, 2004, v. 1, p. 137-141. 4. MOTTER, Maria Lourdes . Campo da comunicação: cotidiano e linguagem. In: Maria Aparecida Baccega. (Org.). Gestão de Processos Comunicacionais. 1 ed. São Paulo, 2002, v. 1, p. 29-47. 9
  • 10. 8) Livros e artigos da autora Campo da comunicação: cotidiano e linguagem. In: Maria Aparecida Baccega. (Org.). Gestão de Processos Comunicacionais. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2002, v. 1, p. 29-47. Ficção e realidade: a construção do cotidiano na telenovela. In: Elza Ajzemberg. (Org.). Arte e Ciência Descoberta/ Descobrimentos: terra brasilis. São Paulol: ECA-USP, 1999, v. 1, p. 308-308. Telenovela e educação: um processo interativo. Comunicação & Educação (SP), São Paulo, v. 17, n. jan-abr, p. 54-60, 2000. Produção de sentido: elo entre comunicação e educação. Comunicação & Educação (SP), São Paulo, v. 19, n. set-dez, p. 82-90, 2000. Telenovela, cotidiano, educação e crítica. Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação Intercom Usp, São Paulo, 1999. Telenovela: arte do cotidiano. Comunicação & Educação (SP), São Paulo, v. IV, n. 13, p. 89-102, 1998. A telenovela: documento histórico e lugar de memória. In: revista Educação & Comunicação, número 48, pg. 74-87. Dez 2000/Fev 2001 1) Dissertações e Teses defendidas na ECA-USP Termos de busca: (Motter) em ORIENTADOR quantidade de registros encontrados: 8 10
  • 12. Localização: t301.160981 M838m Autor: MOREIRA, Dirce Antonia Berto Título: Os meios de comunicação nos recursos didáticos utilizados para o ensino de língua estrangeira moderna Ano: 2001 Páginas: 361 p + anexos Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 04/05/2001 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Educomunicaç ão; Línguas - Estudo e ensino 12
  • 14. Localização: t410 V649d Autor: VIDAL, Marly Camargo de Barros Título: A dialogia escritural em Marina Colasanti Ano: 2001 Páginas: 213 p Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 23/04/2001 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Análise do discurso; Linguagem; Literatura - Brasil - Século vinte 14
  • 16. Localização: t301.160982 N935c Autor: NOVAES, Adriana Carvalho Título: Cosmopolitism o e indústria cultural : a revista Sur e a consolidação da cultura de massa na sociedade argentina : 1956-1961 Ano: 2002 Páginas: 178 p + anexos Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 09/05/2002 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Cultura de massa - Argentina; Revistas - 16
  • 18. Localização: t791.4560981 G338e Autor: GENTILLI, Irene Rosa Título: A expressão não-verbal do discurso verbal em Terra Nostra : Raul Cortez e as múltiplas faces de Francesco Ano: 2002 Páginas: 165 p. + anexos + 1 fita de vídeo Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 26/04/2002 Notas: Acompanham fitas de vídeo que se encontram na Seção de Multimeios - Vc1546 ; Vc1547. O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes 18
  • 20. Localização: t659.10981 M357m Autor: MARQUES, Jane Aparecida Título: As 1001 faces do Garoto Bom Bril : um estudo da produção/rece pção do discurso publicitário veiculado na mídia impressa Ano: 2003 Páginas: 255 p + anexos Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 10/04/2003 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Campanhas publicitárias - Brasil; 20
  • 22. Localização: t791.4560981 J25t Autor: JAKUBASZKO, Daniela Título: Telenovela e experiência cotidiana : interação social e mudança Ano: 2004 Páginas: 203 p + anexos Dissertação: (Mestrado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 15/04/2004 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria de Lourdes Assuntos: Telenovelas - Aspectos sociais - Brasil 22
  • 24. Localização: t791.440973 P625r Autor: PIETRAROIA, Fábio Lacerda Soares Título: Rádio, ficção e realidade : repensando "A guerra dos mundos" de Orson Welles Ano: 2004 Páginas: 245 p Tese: (Doutorado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 02/04/2004 Notas: O exemplar 1 não pode se emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Rádio - Estados Unidos - Programas; Rádio - Aspectos sociais - Estados Unidos; 24
  • 26. Localização: t791.4560981 M242p Autor: MALCHER, Maria Ataide Título: O protagonismo na dramaturgia na TV brasileira Ano: 2005 Páginas: 221 p. + anexos Tese: (Doutorado) - ECA/USP - CCA Data de defesa: 23/09/2005 Notas: O exemplar 1 não pode ser emprestado Orientador(a): MOTTER, Maria Lourdes Assuntos: Telenovela - Brasil; Teleteatro - Brasil; Televisão - Brasil - Aspectos sociais 26
  • 27. 27